A união das duas maiores redes do setor pet resulta em uma empresa com faturamento bilionário, mas exige a venda de lojas para garantir a concorrência no mercado brasileiro.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu sinal verde, na última quarta-feira (10), para a fusão entre a Petz e a Cobasi. A decisão consolida a formação de um gigante no mercado brasileiro de produtos e serviços para animais de estimação, com uma receita anual estimada em aproximadamente R$ 7 bilhões. Contudo, a aprovação não veio sem condições: as empresas deverão se desfazer de um número significativo de unidades para assegurar a manutenção da concorrência no setor.
Para que a fusão se concretize, Petz e Cobasi serão obrigadas a alienar entre 20 e 30 lojas. As companhias já indicaram que pretendem vender 26 unidades no estado de São Paulo, o que corresponde a cerca de 3,3% da receita bruta combinada do novo grupo nos últimos doze meses. Essa medida visa mitigar as preocupações do Cade com a concentração de mercado, uma vez que as duas redes, juntas, representam cerca de 40% do varejo pet no Brasil.
O processo de análise da fusão tem se arrastado por meses. Após uma aprovação inicial em junho deste ano, o caso foi reavaliado (avocado) por solicitação da Petlove, uma concorrente que expressou preocupações sobre os impactos concorrenciais da união. A intervenção do Cade, órgão responsável por zelar pela livre concorrência no mercado brasileiro, é comum em grandes operações de fusão e aquisição para evitar a formação de monopólios ou oligopólios que possam prejudicar consumidores e empresas menores.
Trajetória e Estrutura do Novo Grupo
Ambas as empresas possuem histórias marcantes no segmento. A Cobasi, fundada em 1983, é reconhecida por ser pioneira no conceito de megalojas especializadas no universo pet, oferecendo uma vasta gama de produtos e serviços. Já a Petz, criada em 2002 por Sergio Zimerman em São Paulo, expandiu rapidamente sua presença, consolidando-se como uma das líderes do setor.
Na estrutura final da fusão, a Cobasi deterá 47,4% da nova sociedade. A Petz, por sua vez, ficará com 52,6% do capital social, além de um montante de R$ 400 milhões, dos quais R$ 130 milhões serão distribuídos aos acionistas como dividendos. Essa combinação de forças financeiras e de mercado promete redefinir o cenário do varejo pet nacional.
Fonte: https://jovempan.com.br
