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Brasil mantém Selic em 15%, ostentando a segunda maior taxa de juros

News Atual

Comitê de Política Monetária decide por unanimidade pela estabilidade da taxa básica, posicionando o país atrás apenas da Turquia em rentabilidade real.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou nesta quarta-feira (10) a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A decisão, que reflete o consenso entre os diretores, consolida o Brasil na segunda posição global em termos de taxa de juros real, um indicador crucial da saúde econômica, ficando atrás apenas da Turquia. A medida contrasta com movimentos de flexibilização monetária observados em outras economias importantes, como a dos Estados Unidos.

A estabilidade na Selic, definida em reunião unânime dos membros do Copom — órgão responsável por estabelecer as diretrizes da política monetária do país —, segue a linha adotada nos encontros anteriores. No mesmo dia do anúncio brasileiro, o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, optou por uma redução de 0,25 ponto percentual em sua taxa de juros, que agora se situa no intervalo entre 3,5% e 3,75% anuais, sinalizando uma abordagem distinta para suas respectivas economias.

A taxa de juros real, que é a taxa nominal descontada da inflação esperada para o período, reflete o verdadeiro poder de compra do retorno de um investimento ou do custo de um empréstimo. Segundo um levantamento conjunto realizado pela MoneYou e Lev Intelligence, que analisou dados de 40 nações, o Brasil possui a segunda maior taxa de juros real projetada para os próximos 12 meses. Essa posição sublinha o impacto da política monetária brasileira, tradicionalmente utilizada para conter pressões inflacionárias.

No espectro oposto da análise, economias como Dinamarca, Holanda, Áustria, Japão e Canadá figuram entre os países com juros reais negativos. Nesses locais, a inflação esperada supera o juro nominal, resultando em uma perda do poder de compra para o capital investido, com índices variando entre -2,29% e -1,53%.

Considerando as taxas de juros nominais, o Brasil ocupa a quarta colocação mundial, com seus 15% ao ano. O ranking é liderado pela Turquia, que apresenta juros de 39,50%, seguida pela Argentina (29%) e Rússia (16,50%). Na outra ponta, as menores taxas nominais globais são registradas na Suíça (0%), Japão (0,50%) e Cingapura (1,15%).

A persistência de juros elevados no Brasil exerce uma pressão significativa sobre a atividade econômica, levantando questionamentos sobre o potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o fomento ao consumo e o estímulo a novos investimentos. A política monetária restritiva, embora vise estabilizar preços, impõe um custo ao dinamismo econômico do país.

Fonte: https://www.newsatual.com

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